
A febre aftosa é uma doença que acomete – na grande maioria das vezes – animais suínos, ovinos, bovinos e caprinos. Ou seja, é uma zoonose que pode afetar toda a pecuária.
Somente no século XIX os estudos sobre a febre começaram a ser mais desenvolvidos porque nesta época houve um grande surto em vacas e bois na Europa. Desde então, pesquisas começara a tomar mais forma.
Hoje em dia, produtores rurais que não protegem os seus animais dessa doença podem ser extremamente prejudicados caso haja um período de surto.
Entendendo a febre aftosa
A febre aftosa é causada por um vírus do gênero Apthovirus e da família Picornaviridae. Há diversas maneiras de contaminação: através de secreções nasais, pelo ar, através do sangue, pelo leite, ao entrar em contato com fezes de animais com a doença e até pela urina.
Ou seja, há muitos mecanismos que possibilitam uma contaminação muito rápida. Quando há algum animal no rebanho que apresente a doença, as probabilidades de todas as cabeças – ou a maioria delas – desenvolver o quadro é bem grande.
E quais são os sintomas? Os animais começam a apresentar:
- Febre alta
- Aftas na boca, língua, gengiva e mucosas
- Inflamações nas tetas
- Perda de peso
- Redução na produção de leite
- Pode acorrer até mesmo casos de aborto
Em muitos casos há a necessidade do sacrifício do animal, pois é uma doença muito agressiva. O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais, entretanto, os sintomas já são bem característicos (principalmente as aftas).
Os produtores rurais são amplamente prejudicados pela febre aftosa, visto que há o sacrifício de animais, perda de produtividade e mesmo depois que controlar a zoonose as coisas se tornam difíceis, pois os compradores demoram a confiar no pecuarista novamente.

Mato Grosso: excelência na vacinação de febre aftosa
Mato Grosso é um estado com uma concentração enorme de cabeças de gado e possui forte participação no agronegócio nacional. Houve uma etapa de vacinação em massa contra a febre aftosa em animais.
Ao todo, foram o total de 30.079.017 bovinos e bubalinos. Esse número equivale a 99,67% do número total de cabeças no estado.
É obrigatória a vacinação em animais de todas as idades, a não ser na pequena região do Baixo Pantanal Mato-grossense.
O Indea MT (Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso) levantou alguns dados e relatou que bubalinos e bovinos do estado de Mato Grosso atingiu o número de 31.001.644 cabeças.
O Instituto também apontou que há 5 anos as porcentagens de animais vacinados é exemplo. O motivo para isso são as pesadas campanhas de divulgação da vacina.
Hoje, o estado em questão é considerado pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) como sendo uma região livre da febre aftosa.
A vacinação é obrigatória e essencial. O estado do Mato Grosso traz excelência no assunto, mas todas as outras regiões do Brasil devem buscar incessantemente atingir taxas de vacinação maiores que 99%.
Pequeno produtor não pode ser negligente
O pequeno produtor não pode negligenciar as vacinas dos animais. É claro que, às vezes, a negligência ocorre em grandes fazendas, mas nesses casos a fiscalização é mais intensa.
Cuidar bem dos animais e garantir a eles boa qualidade de vida e requisitos de saúde implica em melhores produtos e subprodutos.
A febre aftosa é muito prejudicial e causa muito sofrimento aos animais. Para os produtores rurais, causa um grande prejuízo econômico. Então, não se esqueça da vacinação!